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O moinho de vento existe um pouco por toda a Europa, embora com diferentes formas e estruturas. Em Portugal foi adoptado o tipo mediterrâneo, que exibe uma dimensão menor que os do norte europeus e tem um desenho cilíndrico e topo cónico (a que também se chama capelo), quase sempre construído em pedra, onde se juntam as velas de pano. No vértice que o encima existe muitas vezes um cata-vento que o moleiro usa para saber em que direcção deve girar o capelo de forma a maximizar a força de moagem conforme o vento que apanha - esta é uma das diferenças do moinho português para outros mais a norte, como por exemplo os Holandeses, cuja rotação é feita desde a base, ou seja, todo o moinho gira e não apenas a sua cúpula. Existe ainda uma particularidade nestas fábricas de Portugal: os búzios que se encontram junto às velas - estes serviam como uma espécie de anemómetro pelo som que produziam. A função original destes moinhos, isto é, a de moagem de cereais transformando-os em farinha, veio a cair na quase nulidade, já que a revolução industrial introduziu novos e mais eficientes motores que os moleiros passaram a adoptar. Têm hoje uma utilização predominantemente turística.